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Sindicato dos Bancários de Paranaguá

'A Caixa nunca vai abrir mão da poupança', diz executivo do banco

30/10/2025
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Redução de recursos para crédito imobiliário leva governo a fortalecer outros instrumentos de captação. Gerente da Caixa diz que estatal vai insistir em estratégias de markerting para mostrar que poupança é forma complementar de investimento para o futuro (Por Stéfanie Rigamonti) - foto Paulinho Costa feebpr -

Enquanto o governo lança mão de medidas para fortalecer outros instrumentos de financiamento imobiliário e estuda mudanças estruturais para esse tipo de crédito, a Caixa Econômica Federal vai continuar insistindo em estratégias de marketing para incentivar o uso da caderneta de poupança, principal forma hoje no Brasil de captação de recursos baratos para essa finalidade.

"A Caixa tem uma posição muito forte de poupança pelos quase 165 anos que ela existe sendo um dos principais fomentadores do produto. Esse instrumento foi o primeiro marco de atuação da Caixa, então a gente nunca vai abrir mão da poupança", disse à coluna o gerente nacional de Publicidade da estatal, Tiago Marquetto, durante a premiação do Folha Top Of Mind, na qual o banco público é invicto na categoria Top Poupança.

O produto vem sofrendo um esvaziamento contínuo de recursos com o aumento do interesse por outros tipos de investimentos de renda fixa, como as letras de crédito, que são igualmente isentas de Imposto de Renda, rendem mais, também têm garantia e hoje possuem as mesmas facilidades de aplicação e resgate em aplicativos de bancos.

Segundo Marquetto, porém, a poupança tem peculiaridades importantes que se ajustam à realidade do Brasil, como a possibilidade de uso sem necessidade de abertura de uma conta corrente. "Temos uma realidade muito diferente em cada canto do país, com perfis de público muito distintos, do Oiapoque ao Chuí. E a poupança ainda atende à demanda de muitas dessas pessoas", afirmou.

No fim do ano passado, a Caixa relançou os mascotes da campanha "Poupançudos da Caixa", cofres no formato de bichinhos divertidos que fizeram sucesso nos anos 2000. Marquetto disse que a ideia de materiais publicitários como esse é mostrar que a poupança é o primeiro passo para as pessoas que querem criar o hábito de guardar dinheiro.

Ele afirmou que o objetivo é mostrar que a poupança é um instrumento importante de educação financeira na jornada dos brasileiros que querem se planejar para o futuro e, assim, apresentar o produto como um instrumento complementar de investimento, que pode coexistir, e não competir, com outras formas de aplicação.

As retiradas de dinheiro da poupança no fim do ano passado levaram a uma falta de recursos para o crédito imobiliário na Caixa, carro-chefe do banco. Isso aliado à alta demanda deixou pessoas que buscavam por financiamento mais barato na fila de espera da assinatura de contratos, mesmo com o processo para a concessão do empréstimo já avançado.

No segundo trimestre deste ano, o saldo da carteira de financiamento imobiliário da estatal subiu 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado e 2,9% ante o primeiro trimestre, segundo balanço financeiro da companhia. Com isso, a Caixa se manteve na liderança no segmento habitacional, com 66,8% de participação de mercado.

Recentemente, o governo Lula lançou um novo modelo de crédito habitacional, que prevê a liberação total do compulsório da poupança em dez anos. Como a Folha mostrou, o desenho inclui a liberação imediata de uma parcela de 5% dos recursos da poupança hoje parada em depósitos compulsórios no Banco Central.

A medida, de cara, deve injetar pelo menos R$ 20 bilhões em recursos para financiamentos imobiliários da Caixa. (Fonte: Folha de SP)

Notícias FEEB PR

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