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O lawfare praticado por Pedro Guimarães na tentativa de ocultar o escândalo da Caixa

27/11/2023
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Caso foi relatado durante o programa TVGGN 20h desta sexta-feira (24). Assista (Por Ana Gabriela Sales) - foto divulgação - 

A ex-consultora jurídica e ouvidora da Caixa Econômica Federal e ativista de direitos humanos, Isabel Gomes, contou ao jornalista Luís Nassif o caso estarrecedor de lawfare praticado pelo ex-presidente da instituição, Pedro Guimarães, a fim de mascarar as denúncias de assédio. O relato foi exibido no programa TVGGN 20h desta sexta-feira (24).

A vítima de Pedro Guimarães foi Pedro Eugênio Beneduzzi Leite, ex-presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e fundador do Instituto Datagênio. Antes do escândalo vir à tona, Eugênio, infelizmente, faleceu.

“A minha relação com esse caso especificamente foi muito grande, porque o meu marido era um líder sindical importante na Caixa, ele já estava aposentado e tinha um instituto de pesquisa, o Datagênio. O Pedro Eugênio se relacionava demais com o público da Caixa, tinha 15 mil seguidores nas redes sociais. Nos primeiros meses do governo nefasto [de Jair Bolsonaro], ele começou a receber denúncias dessas pessoas com as quais interagia, os empregados. Então, ele começou a escrever de maneira informal, chamando atenção [para esses casos]”, contou Isabel.

“Isso incomodou Pedro Guimarães, que entrou com uma ação contra o Eugênio, pedindo uma indenização milionária. Houve uma pena cominatória de 10 mil reais por cada post que o Eugênio mencionasse o Pedro Guimarães ou a Caixa. Essa ação correu em segredo de Justiça e conseguiu constranger o Eugênio de forma que ele tinha que parar de falar e dá a entender que não havia mais denúncias contra a empresa”, acrescentou.

“Foi uma série de golpes, um verdadeiro lawfare que Eugênio sofreu. Ele, infelizmente, veio a falecer e a ação acabou extinta. Mas, depois, o Guimarães caiu exatamente pelas denúncias que o Eugênio já fazia no início de 2019 e não iam para frente, porque o clima de terror do governo Bolsonaro fazia com que todos se calassem”, completa Isabel. (Fonte: Jornal GGN)

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